quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sempre devemos começar pela poesia


Acredito que devam achar que eu iria usar um poema, mas como negar que invariavelmente a explosão de uma vida em si, no meio do cheiro de sangue fresco e envelhecido, entre corpos que se separam quase que forçosamente? A poesia se instraura sem saber de si entre coisas belas e hediondas. O mundo uterino é deixado para trás e o doloroso oxigênio de nós seres humanos invade aquele ente que não se reconhece gente, porém se reconhece vida... E como tal, agride os próprios pulmões no afã pela vida futuramente negada. A pior das certezas lhe atinge sem o abrigo-mãe. Tenebroso caminho se desenha e ao mesmo tempo sublime chegada se pinta... Iniciada a grande travessia... iniciada mais uma peleja... Iniciado um novo mundo...

Um comentário:

  1. nossa Saulo! adorei! muito criativo! estou absolutamente sem palavras para comentar!

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